segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Minhas feras II - IMOBILIÁRIA

Aqui vão os gatos da imobiliária. Ainda falta um de lá, mas ele está muito esperto, já. Eu acreditava que essa fosse a última colônia, mas depois fiquei sabendo que na lanchonete da frente também tem gatos - aproximadamente cinco - o que elevou meu número de dez para quinze (aparentemente) animais a serem capturados, esterilizados e devolvidos.  O primeiro dia lá foi meio tumultuado, conhecemos um outro casal que dá comida para eles e acho que por causa das conversas e do movimento, ninguém caiu na armadilha. Mas durante a semana voltei e consegui.

Gato #5
Filhotinho rajado. O pessoal que dá comida, chama esse carinha de Bocão, porque ele é gulosinho :) Este gatinho tem uma história conhecida de muitos outros animais. Segundo a dona da imobiliária, foi abandonado lá por uma moça, que o colocou, bem novinho ainda no gramado, provavelmente por achar que seria tratado ali com os outros. A dona da imobiliária disse que ficou brava por só ter percebido que tinha habitante novo na colônia algum tempo depois, quando ele já estava arisco. Ela o teria levado para casa e ficado com ele, segundo me disse. Porém, a moça que os alimenta disse que ele é filhote da gatinha cinza e branca. Sei lá, só sei que está castrado agora. Bom, é um machinho de seis meses, cinza rajadinho, que chorou muito na captura, coitado. Ficou bem assustadinho e agora chega perto da gatoeira, cheira e sai correndo. 

Gato #6
Frajola peludinha. Esta gatinha é até que bem mansinha. Estava na minha mira, achei que estivesse prenhe, mas não estava. No dia em que a peguei, precisei me esconder atrás de um carro, porque ficava me olhando da vala que tem perto dos potes de comida. Enquanto fiquei à vista ela não foi comer, mas quando fui para detrás de um carro, não se passaram nem dois minutos e ouvi o maravilhoso barulho da portinha fechando. Ela se comportou bem no veterinário, não avançou, foi bem fofa. Quando a soltei, depois de um tempinho já estava andando em cima do telhado lá. Ela ficou sumida durante um tempo e eu me preocupei. Mas mudei o horário de aparecer por lá e já a tenho visto diariamente. Continua fofa.


Gato #7
Cinza mansinha. Uma outra moça que dá comida para eles a chama de Lourival, porque acha que fosse um gato. Não sei como, porque ela tem uma super carinha de menina.  Esta é fofa também. Ficava se esfregando na grade na hora da comida, mas depois que foi capturada e devolvida, ficou mais arisca, não chega tão perto. Tem aproximadamente três anos. Demorei para consegui-la, mais do que esperava. Também achei que estivesse prenhe, mas não estava. A primeira pessoa que conheci, que também alimenta os gatinhos me disse que ela tem uma cria atrás da outra. Os veterinários disseram que parecia que ela tinha tido bebês há pouco tempo, devido ao tamanho aumentado do útero. Não tinha leite nas tetinhas. Mesmo que tenha sido castrada amamentando não tem problema, pois, como as gatas se afastam dos filhotes após a segunda semana, o hormônio da lactação já está fixado no organismo. De qualquer forma, se os filhotes estiverem por perto e estimularem, o leite sai. Como não há filhotes por lá, não sei se isso procede. Vou ficar de olho. Mas o mais importante é que agora, ela TINHA uma cria atrás da outra :))

Gato #8
Filhote frajola macho - Esse cara é lindo, super arisquinho, mas muito fofo. Esta semana soube que a gatinha mamãe, aquela tricolor difícil, mães das minhas filhotas, teve, não duas, mas CINCO filhotes. Dois machos foram capturados e doados, duas meninas eu peguei e este sobrou lá. Não sei por quê, mas deve haver algum motivo, não é tão fácil pegar esse povo. Então ele é irmão da minha Léa, bichinho do mato que está na minha casa, mas logo vai pra casa de uma amiga e ganhar um irmão gatinho especial. Também é irmão da Lili, do Michel e do Teló.
Tem hoje sete meses e é uma graça. Ontem passei por lá, estavam todos comendo. Me deu uma emoção ver as orelhas cortadinhas, castradinhos queridos. Mas uma hora quero ir com a câmera e tirar uma foto do grupo :)


Gato #9
Siamesa fêmea de olhos lindos
Esta, na verdade é da frente, mas como foi a última que peguei e agora vou dar um tempo nas colônias dali, vou postar aqui. Ela foi direto pra gatoeira no dia que coloquei, mas, como demorou pra fechar, pois eu acho que o potinho tinha escorregado e descido, puxei a corda com minha mão pra ele ficar lá. Deu certo. O fato de a gatoeira ser forrada com tecido preto impede que eles me vejam quando chego por trás. 
Esta gatinha é muito bonita também. Só teve um probleminha na castração dela, pois o veterinário se esqueceu de cortar a orelhinha esquerda para fazer a marcação. Como ela é a única siamesa por lá, acho que não tem muito problema, desde que ela não saia dali.


Como comentei, os que estão faltando (quatro ao todo) estão espertos e não entram na gatoeira. O placar já está em 5 X 0 para o gatinho preto, que eu chamei de Mega Sena. Os gatos da lanchonete são dois fixos e um itinerante, que também sambaram na frente da porta da gatoeira e não entraram, mesmo com a fome que estavam e o sachê de atum lá dentro.  O plano agora é começar a ajudar uma pessoa que tem uma turma com quinze gatos ferais e uma outra, que tem mais ou menos vinte. Ainda tem uma amiga que alimenta quatro. Tem gato que não acaba mais em Blumenau. Vou me distrair com esses, depois de umas duas semanas volto para onde estava até agora, quando já tiverem esquecido da minha existência.  

Estou preparando um material para divulgação, a fim de conseguir mostrar meu trabalho e, eventualmente, conseguir participação financeira para as próximas castrações. Se alguém tiver alguma dica de como fazer para conseguir doações, aceito sugestões. Por enquanto, o projeto é financiado pela venda do meu livro, porém já não vou muito mais longe com o que tenho. Mas ele terá um post especial, em breve.

Muito obrigada.

Um abraço, até a próxima.

Maria Cecília


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